Dia de Sorte

Como na maioria dos enredos, posso dizer que tudo começou na noite anterior. Foi uma tarde de limpeza em casa. Aquela faxina do teto ao chão.

Ao cair da noite, estava naquele estado de conquistador arrebatador de coração de urubu de lixão. Meu cheiro era agradabilíssimo. Quem dera minha mulher se sentisse atraída. Ela cuidou do nosso filho mais novo durante a limpeza e não foi contemplada também com o odor de macho-alfa.

Volta às Aulas

Lá estava em frente à TV meditando por alguns segundos enquanto deleitava meu almoço. Uma matéria era apresentada ao vivo. Volta às aulas. Um assunto pouco querido por quem precisa voltar.

Vejo o repórter começar a entrevistar alguns alunos em uma porta de escola. Alguns até pareciam ansiosos por isso, mas eram uma minoria.

A Mancha no Pulmão

Lá estava em mais um dia de trabalho. Preso aos exames de tórax da inspeção de saúde. Sempre ouvindo aquelas mesmas reclamações.

Só falta meu exame ser liberado. O médico já deu o laudo?

Tem aqueles que sempre me deixam lívido de alegria e que me fazem lembrar que moro no Brasil. Nada contra o País, e sim com a mania de 'empurrar com a barriga' dos brasileiros.

O Ônibus da Demora

E lá estou eu, parado no ponto de ônibus esperando-o debaixo de um pequeno toldo como qualquer outra pessoa ali amontoada tentando se proteger da chuva que caia incansavelmente. 

Vários ônibus passavam. De várias rotas.

Várias pessoas chegavam e saiam. Por várias e várias vezes, mas o que aguardava parecia estar vindo de ré com os pneus furados.

Corcundas dos Smartphones

      Estava eu mais uma vez em frente à TV quando me deparei com mais uma daquelas pesquisas que os cientistas adoram realizar.

      Ao que parece, passamos muito tempo com a cabeça baixa devido à atração fatal dos nossos amiguinhos do Whatsapp, Facebook, dentre outros milhares de aplicativos instalados em nossos bichinhos virtuais da era moderna. Sim, os Smartphones.